Recursos serão utilizados para compra de jogadores, revitalização da área social do clube, pagamento de dívidas e transformação do estádio em arena multiuso, apurou a CNN
A Portuguesa recebeu uma proposta de R$ 1 bilhão para transformar o clube em uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Na prática, o clube que vira SAF deixa de ser uma associação civil sem fins lucrativos e passa a ser uma empresa com regras de governança e mais acesso a recursos financeiros.
O interessado na compra é um grupo de investidores liderado pela Tauá Futebol e pela XP. A informação foi divulgada pelo Estadão e confirmada pela CNN.
Caso a proposta seja aprovada pelo conselho da Portuguesa, o grupo de investidores assumirá o controle de todas as atividades do clube; não apenas daquelas ligadas ao departamento de futebol.
Esses recursos serão utilizados para compra de jogadores, revitalização da área social do clube, pagamento de dívidas e também para a transformação do estádio, o Canindé, em uma arena multiuso, aos moldes do que já vimos em outros projetos como o Allianz Paque, do Palmeiras, e a Neo Química Arena, do Corinthians.
A revitalização do Canindé seria feita pela Revee, empresa especializada em gestão imobiliária e entretenimento. A ideia é que, além das partidas de futebol, a nova arena receba shows e outros eventos.
Essa é a proposta mais sólida de SAF já recebida pelo clube, segundo fontes. Uma reunião com os investidores deve acontecer já na próxima semana para discutir os termos do acordo e valores. Internamente, mesmo com os termos finais acordados, ainda haverá uma extensa burocracia até que o negócio seja fechado.
O atual presidente, Antônio Castanheira, deve ocupar uma cadeira no conselho de administração, mas a liderança do clube será assumida por um nome indicado pelos investidores.Apesar dos altos valores, parte dos recursos será destinada à renegociação de dívidas do clube que, atualmente, beiram os R$ 500 milhões.
Os termos foram confirmados pela CNN.A disputa pela Lusa está acirrada. Já está na mão da direção uma carta de intenções de outros investidores que também buscam pela administração do clube e, há algumas semanas, o conselho negou uma proposta do Grupo Águia, do empresário Wagner Abrahão.